segunda-feira, 30 de agosto de 2010


Sensível Silêncio


Silêncio cortante
Lanceta almas perdidas
Numa busca por vida
Nunca antes vivida.

Silêncio pergunta e resposta
Do real e do irreal
Sano e insano
Sem nada falar.

Silêncio aflito
De gritos perdidos
Sem balbuciar
Apenas, o silêncio no ar.

De-me sua mão
Permita-me que o guie
Sem rumo...
Só emoção.

Gritemos silenciosamente, livremente,
Aqueles discrentes
para nossas almas libertar
E sutilmente nos entregar.

Sigamos nossa viagem silenciosa
Almas em dueto,
Corações vazios.
Eu, voce e o luar.

Sinta a leveza dos passos,
O hálito do desejo
Febres de corpos no ar.
Feche os olhos, e venha me beijar.

Silenciosamente seguimos
A busca de nossos sonhos encontrar
Sem guerras, sem trevas...
Em nosso caminhar.

Somos filhos do silêncio,
Forjados por ele
Armados nos pomos
Sem guerra travar.

Sigamos em nosso silêncio,
Sem nos importar
Em quem conduz ou é conduzido.
Até aonde as palavras se calam,
E possamos nos encontrar.


Fátima Rodrigo

30/08/2010

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